Reunião sobre programa nuclear iraniano termina sem avanço

A rodada de negociações sobre o programa nuclear iraniano terminou em impasse. Reunidos em Genebra, nos dias 7 e 8, França, Alemanha, EUA, Rússia, China, Reino Unido e Irã não conseguiram superar divergências. A maior oposição veio da França, que não concorda em suspender algumas sanções ocidentais em troca do congelamento do programa por seis meses. A ideia era que nesse período as partes continuassem a negociar um termo mais abrangente. Segundo o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, um acordo fraco que não neutralize o enriquecimento de urânio é inaceitável. Outra imposição é o fechamento da usina de Arak, onde o Irã estaria construindo um reator à água pesada. Esse equipamento opera com urânio não enriquecido, cuja aquisição é dispensada de supervisão internacional. Também por produzir mais plutônio, o reator facilita o uso militar da energia nuclear. A resistência francesa nas negociações é antiga, mas esse foi o primeiro bloqueio da França depois da recente reaproximação Irã-EUA. A Casa Branca vem mostrando flexibilidade desde as eleições iranianas de junho. Para a mídia nos EUA, o Departamento do Tesouro já teria começado inclusive a aliviar parte das sanções após Hassan Rouhani ser eleito. Apesar da evidente divergência entre os aliados ocidentais, o segundo secretário de Estado John Kerry mostrou otimismo em alcançar um entendimento em semanas. Um segundo encontro está agendado para o dia 20, mas o fato de ser realizado por diplomatas de escalões menores indica que as conversas podem ter perdido força.

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