Escândalos afetam popularidade de Obama entre os jovens

A polêmica causada pelos recentes vazamentos sobre os programas de vigilância já afeta a popularidade do presidente Barack Obama, em especial entre o eleitorado jovem. A notícia é ruim para a Casa Branca, que tem difíceis batalhas legislativas pela frente e uma eleição parlamentar em 2014. Julian Zelizer, cientista político da Universidade de Princeton, explica que a espionagem na Internet, um meio considerado livre pelos jovens, contrapõe-se ao discurso adotado por Obama desde sua primeira campanha. Na segunda-feira, 19, o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest reconheceu a necessidade de recuperar o apoio da opinião pública. Ele garantiu que o presidente é favorável a medidas adicionais que possam inspirar a confiança da população nesses programas. No dia 9, Obama já pedira ao Congresso a revisão da seção 215 do Patriot Act, que permite a coleta dados de ligações telefônicas. Obama também prometeu mais transparência e diálogo com a sociedade civil sobre as atividades. O esforço de contenção de danos políticos por parte do governo parece ainda não ter surtido efeito. Uma pesquisa da Rasmussen, empresa especializada em mídia eletrônica, mostrou que apenas 11% dos entrevistados acham provável que as novas políticas diminuam o monitoramento sobre cidadãos comuns. Outros 30% acreditam que a vigilância doméstica vai aumentar. Na enquete USA Today/Pew Research de junho, 60% dos entrevistados na faixa de 18-29 anos concordaram com o vazamento de informações. No mesmo mês, a aprovação a Obama atingiu o nível mais baixo entre os jovens em mais de 18 meses, chegando a 45%, de acordo com pesquisa CNN/ORC International.

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