Deslocamento russo para a Síria é o maior em décadas

Seis navios de guerra russos entraram no Mediterrâneo, no dia 16. Os navios se juntarão a outros dez, enviados para uma região próxima à Síria nos últimos três meses. A localização final da frota deve ser definida até setembro, mas é provável que seja perto de Tartus, base russa na Síria. A movimentação é considerada a maior das últimas décadas e teria como objetivo impedir uma intervenção internacional no país árabe. Os russos já transferiram mísseis Yakhont para o governo sírio, e consideram enviar submarinos nucleares e baterias antiaéreas S-300 em breve. Os Yakhonts antinavios e os submarinos dificultariam o repasse de armas ocidentais às forças de oposição síria pelo litoral. Já os S-300, que podem destruir aeronaves, impediriam o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea. Alguns militares dos EUA veem a iniciativa como uma demonstração de poder e uma ameaça a Israel. Parte dos artefatos bélicos poderia ser transferida ao Hezbollah, no Líbano. Para outros, a manutenção da base pela Rússia é positiva para o encerramento da guerra civil. Isto porque a Rússia estaria mais disposta a romper com o regime em Damasco se souber que sua presença militar não estará ameaçada em um cenário pós-Assad. A posição de senadores nos EUA tem um tom menos conciliador. Para o Bob Corker (R-TE), membro do Comitê de Relações Externas, o conjunto de ações militares russas é mais um indicativo de que os EUA precisam armar as forças moderadas da oposição síria. A opinião é compartilhada por veteranos, como o senador John McCain (R-AZ).

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