Concessão para base militar no Djibouti é renovada

Os EUA anunciaram, no dia 5, que a concessão para uso da base militar no Djibouti foi renovada por 20 anos. O novo contrato da instalação, que já conta com 4.000 soldados e tropas de operações especiais, estabelece o pagamento de US$ 70 milhões anuais em aluguel e apoio ao desenvolvimento econômico. A quantia é mais do que o dobro do valor pago no contrato anterior. Autoridades locais disseram que a Rússia vinha mostrando interesse em ter uma base militar no país, mas as negociações com Washington neutralizaram a proposta russa. O Djibouti se tornou um dos maiores aliados do Ocidente no Chifre da África e a unidade de Camp Lemonnier, única instalação dos EUA na África Subsaariana, representa um ponto estratégico para o combate à pirataria e ao terrorismo regional. O país faz fronteira com a Somália, e fica próximo a Sudão, Sudão do Sul, Quênia e Iêmen, palcos de grandes turbulências políticas. Especulações indicam que a unidade militar teria sido uma prisão clandestina da CIA para interrogatórios e torturas após o 11 de setembro. A base também comportou uma frota de drones até o ano passado, mas o Pentágono concordou em transferi-la temporariamente. Acidentes com os equipamentos geraram temores no país de que os drones venham a se chocar com aviões civis em zonas urbanas. As operações com drones foram intensificadas a partir de 2011 para a captura de membros da Al-Qaeda no Iêmen e de outros grupos terroristas na Somália. As aeronaves não tripuladas também auxiliam no monitoramento do Estreito de Bab-el-Mandeb, uma passagem de petroleiros entre o Mar Vermelho  e o Oceano Índico.

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