Kerry tenta impedir novas sanções do Congresso ao Irã

O secretário de Estado John Kerry pediu ao Congresso, no dia 18, que não sejam estabelecidas novas sanções contra o Irã. Em testemunho ao Comitê de Relações Exteriores do Senado, Kerry afirmou que novas punições dificultarão ainda mais as negociações com o país persa. Para o secretário, a melhor estratégia é esperar até as eleições presidenciais de junho, quando os efeitos das sanções existentes deverão se refletir nas urnas iranianas. Desde 2010, duras sanções contra a  exportação de petróleo vêm causando aumento do desemprego e inflação no país. Segundo analistas, a vitória de um partido de oposição ao atual governo iraniano poderia trazer uma reviravolta na relação entre os dois países. A preocupação de Kerry se deve à mais recente iniciativa da Câmara de Representantes para intensificar o cerco econômico ao Irã. Congressistas dos dois partidos propõem punir países estrangeiros que façam transações comerciais e financeiras com qualquer entidade controlada pelo governo em Teerã. O plano também impede que o Irã use sua receita com petróleo para aquisições no mercado internacional que não sejam referentes a alimentos e remédios. Mark Kirk (R-IL), um dos autores do projeto, apoia sanções individuais, tais como limitar viagens e confiscar bens de funcionários do regime iraniano que violem direitos humanos. Penalidades anteriores receberam amplo apoio bipartidário devido à incerteza sobre as intenções iranianas em desenvolver um programa nuclear. A percepção de ameaça dos políticos é acentuada pela forte pressão exercida por Israel e pelo lobby judaico.

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