Senado rejeita emendas à legislação de controle de armas

O Senado rejeitou, no dia 17, sete de nove emendas ao projeto de lei para controle de venda de armas no país. Embora 3 proposições tenham recebido a maioria dos votos, nenhuma alcançou o mínimo necessário. Emendas precisam normalmente de 50 votos, mas nesse caso houve um acordo bipartidário: o limite seria 60 e não haveria possibilidade de filibuster. A proposta mais controversa exigia a verificação dos antecedentes de compradores de armas adquiridas pela Internet ou em feiras de exposições, embora isentasse o comércio entre particulares. Essa medida obteve 54 votos a 46, sendo 4 republicanos a favor e 4 democratas contra. O líder da maioria na Casa, senador Harry Reid (D-NE), foi um dos votos contrários. Sua decisão, no entanto, seguiu um procedimento legislativo para permitir que as questões voltem a ser discutidas futuramente. Outra emenda proibia a venda de armas semiautomáticas e pentes de grande capacidade. Uma terceira emenda aumentava a pena para compradores que repassassem armas a pessoas envolvidas em crimes violentos ou tráfico de drogas. Barack Obama reagiu com indignação ao resultado, considerado por analistas como uma derrota pessoal do presidente. Após os crimes na cidade de Newtown, em dezembro, Obama fez do tema prioridade. A votação também não reflete a opinião popular, já que mais de 90% da população apoiavam a legislação. Os senadores podem ter cedido ao lobby de armas, especialmente da National Rifle Association. Somente no dia da votação, a associação gastou mais de US$ 500 mil com anúncios contra a lei, além de pressionar diretamente os políticos.

 

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