Senado aprova emenda sobre regulamentação financeira

O Senado aprovou, em 23 de março, uma emenda à proposta de orçamento que pretende acabar com subsídios federais indiretamente concedidos a grandes instituições financeiras. Apresentada por Sherrod Brown (D-OH) e David Vitter (R-LA), a medida foi aprovada por 99 votos a zero. Apesar da decisão bipartidária, a iniciativa não terá grande consequências práticas. A emenda é vista como simbólica já que a proposta de orçamento do Senado terá de ser conciliada com as versões da Câmara e da Casa Branca. A votação foi realizada através de um procedimento que permite aos senadores apresentar um número ilimitado de emendas que são votadas de forma acelerada durante a consideração do orçamento. Além disso, a proposta não apresenta meios específicos para cortar os benefícios concedidos aos bancos, e é muito semelhante a partes do Ato Dodd-Frank de reforma do sistema financeiro. A lei de 2010, cujo objetivo é limitar o crescimento excessivo e o risco sistêmico de instituições financeiras, contém um dispositivo que pretende proibir o uso de dinheiro público no socorro a grandes bancos. O mercado financeiro normalmente acredita que, devido ao tamanho de suas instituições, sempre haverá um plano de resgate pelo governo em caso de crise sistêmica. Isso faz com que os grandes operadores sejam estimulados a assumir riscos, além de obter vantagens como taxas de juros menores. A passagem da emenda, entretanto, indica que ganha força o argumento pelo fim dos benefícios desfrutados por grandes bancos em detrimento de competidores menores. Para analistas, apesar do reconhecimento do problema, novas medidas sobre a questão ou uma alteração do Dodd-Frank são improváveis nessa administração.

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