EUA consideram recorrer a ataques cibernéticos preemptivos

O presidente Barack Obama poderá ordenar ataques cibernéticos preemptivos contra alvos no exterior no caso de uma ameaça iminente. A afirmação foi feita pelo secretário de Defesa Leon Panetta à revista Times, no dia 31. Panetta disse que a população precisa ser informada sobre o risco crescente de o país se envolver em uma guerra cibernética. A declaração é similar às informações divulgadas pelo jornal The New York Times três dias depois. Ações preemptivas seriam parte de um código de conduta para cibersegurança, a ser apresentado pelo governo nas próximas semanas. De acordo com essas normas, o presidente poderá ordenar a implantação de códigos destrutivos em redes digitais de outros países mesmo sem os EUA terem sido previamente atacados. A questão deve gerar polêmica jurídica a respeito de um padrão de guerra ainda não amparado pelo direito internacional. Vários tratados reconhecem que os países podem se defender quando atacados, mas os EUA aplicam essa autorização para ofensivas de preempção. Esse tipo de ataque ocorre não como reação a uma agressão externa concreta, mas em função da percepção de ameaça. A invasão do Iraque pelo ex-presidente George W. Bush, em 2003, é considerada um típico caso de guerra preemptiva. Outras questões legais devem surgir na eventualidade de o país formalizar missões cibernéticas como parte de sua política de segurança. Uma delas diz respeito ao grau e à extensão das investidas, assim como ao dano contra possíveis alvos não militares. Ações contra redes de energia e hospitais, por exemplo, afetariam a população civil em outros países.

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