EUA alegam que integração eurasiana ressovietiza a região

Os EUA acusam a Rússia de tentar instaurar uma “nova União Soviética” sob disfarce de integração econômica. A afirmação foi feita pela secretária de Estado Hillary Clinton, horas antes de seu encontro com o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov, no dia 6. O evento ocorreu na reunião ministerial da Organização para Segurança e Cooperação Europeia (OSCE, na sigla em inglês), em Dublin. Segundo Clinton, existe um movimento para “ressovietizar” o Leste Europeu e a Ásia Central por meio de uma união aduaneira. A secretária se referia à União Eurasiana, organização criada em 2010 para estreitar laços econômicos entre Moscou e algumas ex-repúblicas soviéticas. A organização reúne Bielorússia, Cazaquistão e Rússia, e pode incluir Armênia e Quirguistão nos próximos anos. O grupo eliminou tarifas comerciais e controle aduaneiro em suas fronteiras, e estabeleceu um organismo supranacional em 2012. Os EUA não acreditam que os objetivos sejam apenas econômicos, alegando que a instituição é um instrumento de pressão política do Kremlin. Clinton disse que seu país vai fazer o possível para evitar ou retardar a hegemonia regional russa, temendo particularmente o aumento de políticas abusivas e desrespeito aos direitos humanos nessas regiões. Para alguns analistas, o tom usado pela secretária pode indicar um resfriamento na retomada das relações entre Washington e Moscou, que teve início na administração Obama. Dmitry Peskov, secretário de imprensa do presidente russo Vladimir Putin, disse que os comentários de Clinton mostram uma compreensão totalmente equivocada dos fatos.

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