Rússia suspende ajuda dos EUA para eliminar armas nucleares

O ministro de Relações Exteriores Sergei Ryabkov anunciou, no dia 10, que a Rússia não pretende renovar o Cooperative Threat Reduction, que expira em junho de 2013. Assinado em 1992, o acordo estabelece auxílio financeiro e técnico dos EUA ao Kremlin para operações de transporte, armazenamento e destruição de armamentos nucleares. Com a desintegração da União Soviética, o programa foi criado para evitar a proliferação de armas de destruição em massa produzidas na região durante a Guerra Fria. Desde o início, os EUA já gastaram US$ 13 bilhões para eliminar esse tipo de armamento na Rússia e em ex-repúblicas soviéticas. O argumento de Ryabkov para interromper a ajuda é o de que Moscou hoje tem autonomia para cuidar de seu próprio arsenal. Analistas, entretanto, acreditam que há outras motivações para a decisão. Desde 2006, quando foi renovado pela última vez, o programa já era alvo da insatisfação do Kremlin. Um ponto de discordância entre os dois países é um dispositivo que protege os EUA e suas empresas operadoras de responsabilidade por acidentes durante as atividades. No dia 11, a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, declarou que os EUA têm interesse em dar continuidade ao programa e que os dois países ainda estão negociando a questão. Segundo Nuland, a iniciativa já desativou 7500 ogivas e 900 mísseis intercontinentais, e neutralizou armas químicas e biológicas. Para especialistas, apesar das declarações do Kremlin, ainda é possível que o acordo seja modificado e continue em vigor.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais