EUA retiram grupo iraniano da lista de terroristas

O Departamento de Estado anunciou, no dia 21, a retirada do grupo de oposição iraniano Mujahedin-e-Khalq (MeK) de sua lista de organizações terroristas. A decisão cumpre prazo imposto por uma corte nos EUA para a definição do status do grupo. O MeK foi incluído na lista em 1997 sob acusações de assassinar cidadãos dos EUA nos anos 70 e de se aliar a Saddam Hussein na década de 90. No ano passado, a organização iniciou uma ação judicial para remover a designação de terrorista, alegando que havia renunciado à luta armada em 2002. O pedido contou com o apoio de congressistas que receberam doações de associações iranianas nos EUA. Em junho, a Corte de Apelações do Distrito de Washington determinou que retiraria a organização da lista, caso a administração não se posicionasse sobre a questão até 1o. de outubro. Pressionada pelo governo em Bagdá, a secretária de Estado Hillary Clinton vinha condicionando a remoção à saída de membros do MeK da base de Camp Ashraf, no Iraque. Desde a morte de Saddam Hussein, a maior parte da organização se protegeu do governo iraniano em bases militares dos EUA no Iraque. Sem poder voltar para Teerã, o grupo também  não era aceito por outros países enquanto estivesse banido pelos EUA. Com o fim da designação de terrorista, os EUA terão mais facilidade para realocar o Mek. A decisão faz com que o grupo tenha acesso a bens congelados nos EUA, assim como arrecade novos fundos no país. Analistas acreditam que a decisão deve tensionar ainda mais as relações com o Irã, já que o grupo é uma das principais forças de oposição ao regime iraniano.

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