Contrato da Embraer nos EUA é questionado por rival

No início de janeiro, a Embraer teve sua vitória na concorrência da Força Aérea dos EUA contestada na justiça. A indústria de aviões Hawker Beechcraft, que perdera a disputa em dezembro, pediu a revisão da decisão por uma corte federal. O principal argumento é o de que a preferência pela Embraer causaria perda de empregos no país. O resultado da concorrência também gerou protestos de legisladores do Kansas, estado do pré-candidato republicano Newt Gingrich e sede da empresa. A Sierra Nevada Corporation, fabricante dos EUA e parceira da Embraer na concorrência, alega que os empregos serão gerados com a montagem dos aviões em sua unidade na Flórida. A ação legal congelou temporariamente a venda de vinte aviões A-29 Super Tucano no valor de US$ 355 milhões. O contrato poderá incluir mais 55 aviões, que representam US$ 950 milhões. O Pentágono optou pelo avião brasileiro porque o AT-6, da Hawker Beechcraft, não atendia a todas as exigências técnicas. Para o analista Richard Aboulafia, o caso demonstra as dificuldades políticas que empresas estrangeiras enfrentam no mercado de defesa dos EUA. As aeronaves brasileiras devem ser usadas no Afeganistão para apoiar operações terrestres e treinar pilotos afegãos, sendo posteriormente cedidas ao país asiático para a constituição de uma frota com custo operacional relativamente baixo. A compra é considerada importante para a estratégia de saída do Afeganistão, já que diminuirá a dependência das forças afegãs em relação ao apoio aéreo da OTAN. Para o Brasil, a venda significa chances em novos mercados nos países da aliança.
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