Energia e Meio Ambiente

Comissão Nuclear licencia enriquecimento de urânio a laser

A Comissão Reguladora Nuclear (NRC, na sigla em inglês) deve emitir, até o dia 31, a primeira licença para enriquecimento de urânio com laser nos EUA. A medida segue uma decisão do Conselho de Licenciamento e Segurança Atômica, responsável por aconselhar a NRC nas permissões. No dia 18, o Conselho anunciou parecer favorável ao pedido de junho da GE para abrir uma instalação de enriquecimento a laser. A usina será inaugurada na Carolina do Norte a um custo estimado de US$ 1 bilhão. A recomendação era prevista para agosto, mas o órgão precisou de mais tempo para decidir sobre quais informações técnicas poderiam ser divulgadas publicamente. O enriquecimento a laser é um plano antigo da indústria nuclear porque otimiza o aproveitamento de urânio-235, cujo isótopo é o mais radioativo. Os primeiros testes em laboratório começaram há cerca de 50 anos, mas a técnica sempre se mostrou inviável para uso industrial. Após avançar em pesquisas nos últimos dois anos, a GE agora afirma dominar o processo. Os defensores da tecnologia alegam que o procedimento vai reduzir custos e tornar o setor nuclear mais competitivo. Alguns especialistas alertam para o fato de a técnica também facilitar a proliferação de armas e dizem que estudos mais profundos ainda precisam ser realizados. Segundo o The New York Times, outra preocupação é que a abertura da usina nos EUA estimule a instalação de uma unidade semelhante no Irã, onde os testes com laser estão em fase laboratorial. A Casa Branca não se manifestou sobre o assunto, embora seja conhecido o seu apoio à energia nuclear.

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