Energia e Meio Ambiente

Retomada de produção de petróleo no Iraque beneficia a China

Empresas chinesas se tornaram as maiores beneficiadas da recuperação da atividade petrolífera no Iraque. Segundo relatório da Agência Internacional de Energia sobre o Iraque, publicado no final de 2012, as estatais chinesas já compram cerca de 50% da produção iraquiana. Dados da agência mostram que cerca de 80% das exportações de petróleo iraquiano terão a Ásia como destino no futuro, principalmente a China. Os números refletem o aumento dos investimentos chineses, que têm sido da ordem de US$ 2 bilhões anuais no setor petrolífero iraquiano. O documento atribui a recuperação da produção no Iraque à derrubada do regime de Saddam Hussein, com o país podendo se tornar o segundo maior exportador mundial de petróleo até 2030. Durante seu governo, a atividade petrolífera no país foi muito afetada por sanções internacionais. Com o fim da guerra do Iraque, em 2011, empresas dos EUA esperavam ser as grandes favorecidas na retomada de produção. Divergências sobre cláusulas contratuais com o governo iraquiano, no entanto, tem reduzido a participação dessas empresas. De acordo com especialistas, a elevada demanda chinesa por petróleo faz com que Pequim tenha maior tolerância ao risco político no Iraque e faça menos exigências de contrato. Setores petrolíferos e de defesa nos EUA estão descontentes com a situação, alegando desperdício de oportunidades comerciais e dos esforços feitos pelos EUA em 8 anos de conflito no Iraque. Por sua vez, analistas destacam aspectos positivos. O investimento chinês na reconstrução da infraestrutura iraquiana leva ao aumento da produção e contribui para a queda no preço mundial do petróleo, o que beneficia indiretamente os EUA.

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