Energia e Meio Ambiente

Regulação nos EUA ameaça aquisição chinesa no Canadá

Acionistas da petrolífera canadense Nexen Inc. aprovaram, no dia 20, a proposta de compra pela chinesa CNOOC. A transação de US$15,1 bilhões daria à estatal o direito de explorar reservas de hidrocarbonetos no Canadá, Mar do Norte, Golfo do México e costa da Nigéria. Com exceção da área europeia, as demais são estratégicas para a segurança energética dos EUA. A aquisição precisa ser aprovada pelos governos do Canadá e dos EUA. Como a Nexen atua no Golfo do México, o plano será submetido ao Comitê de Investimento Estrangeiro dos EUA. O órgão analisa implicações desse tipo de transação para a segurança nacional. O controle de ativos críticos por grupos estrangeiros, especialmente chineses, gera preocupações em Washington há algum tempo. Em 2005, a CNOOC tentou adquirir a UNOCAL, uma empresa de energia dos EUA. Na época, membros do Congresso pressionaram para que o ex-presidente George W. Bush impedisse a aquisição. O temor era de que ativos críticos fossem transferidos a uma potência externa cuja relação com os EUA é de competição. A CNOOC desistiu do negócio, que foi fechado pela Chevron por um preço inferior. O acordo atual tem causado reações semelhantes, já que a compra envolve recursos naturais significativamente maiores. Congressistas republicanos e democratas se pronunciaram contra o novo acordo, alegando razões de segurança nacional e econômica. Apesar da provável resistência legislativa, a CNOCC tem mais chances dessa vez. Além do envolvimento de um terceiro país, no caso o Canadá, tudo indica que os chineses são os únicos interessados na Nexen.

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