Energia e Meio Ambiente

Israel e EUA divergem quanto a relatório da AIEA sobre o Irã

A divulgação, no dia 30, de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) suscitou divergências entre EUA e Israel sobre o programa nuclear iraniano. Segundo a agência, o Irã aumentou significativamente a produção de urânio enriquecido a mais de 20% nos últimos meses. Desde maio, o país também teria adicionado mais de mil centrífugas ao complexo subterrâneo de Fordo, perto da cidade de Qom. O crescimento é expressivo, já que a usina não possuía nenhuma centrífuga há dois anos atrás. Mas o documento aponta que somente 696 centrífugas estão ativas e a maior parte do enriquecimento teve como objetivo pesquisas médicas. De acordo com um funcionário da Casa Branca, a maioria do material enriquecido foi convertida em placas metálicas. A transformação seria um bom sinal, já que a conversão em metal impossibilitaria um novo enriquecimento para fins bélicos. Para a administração Obama, os dados mantêm aberta a possibilidade de uma resolução diplomática, ainda que as conversações não possam ser estendidas indefinidamente. O relatório foi interpretado pelo governo israelense como um alarme para maior assertividade contra o Irã, além das sanções econômicas impostas por Washington e pelos europeus nos últimos meses. As informações reforçam a percepção em Israel de que o programa iraniano é uma ameaça à segurança nacional.  As instalações subterrâneas, fora do alcance de mísseis israelenses, também são vistas em Tel Aviv como indicativas de que o projeto nuclear visa o desenvolvimento de armas de destruição em massa.

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