EUA não classificam impeachment no Paraguai como golpe

O Departamento de Estado declarou, no dia 25, que não classifica a destituição do presidente paraguaio Fernando Lugo como um golpe de Estado. A opinião foi dada pela porta-voz do Departamento, Victoria Nuland, em entrevista coletiva sobre questões de política externa. No dia 22, Lugo foi afastado do poder depois de um julgamento relâmpago no Senado paraguaio. O ex-presidente foi julgado por mal desempenho de suas funções após um confronto entre membros do movimento sem terra e policiais, que resultou na morte de 17 pessoas. O vice-presidente Frederico Franco, que vinha se afastando de Lugo nos últimos tempos, assumiu o cargo para cumprir o mandato até 2013. Governos sul-americanos afirmaram que o episódio representou uma ruptura na democracia paraguaia, já que o julgamento sumário deu a Lugo apenas duas horas para apresentar sua defesa. Os países integrantes do Mercosul e da Unasul ameaçam excluir o Paraguai das organizações. Venezuela e Argentina retiraram seus embaixadores de Assunção e o Brasil chamou o seu para consultas. Os EUA não deram sinais de que pretendem fazer o mesmo. Segundo Nuland, o processo seguiu os procedimentos constitucionais, embora tenha sido excessivamente rápido. A posição do país ainda pode mudar dependendo das consultas que serão feitas junto à Organização dos Estados Americanos (OEA). O órgão se reuniu em Washington, no dia 26, para deliberar sobre a questão. Diante da falta de consenso entre os integrantes, o secretário-geral da OEA decidiu liderar uma missão ao Paraguai a fim de coletar maiores informações.

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