Comitê da Câmara aprova acusação a Holder por desacato

O Comitê de Reforma e Supervisão Governamental da Câmara aprovou, no dia 20, uma resolução denunciando o procurador-geral Eric Holder por desacato. Holder é acusado de obstruir investigações do Comitê por não disponibilizar documentos solicitados ao Departamento de Justiça. A investigação diz respeito a uma operação do Departamento, entre 2009 e 2011, que monitorava o fluxo de armas de fogo vendidas nos EUA através da fronteira com o México. A operação veio a público após agentes de vigilância perderem o rastro de 2.020 armas que acabaram nas mãos de traficantes, com algumas delas sendo apreendidas em cenas de crimes. A questão ficou ainda mais polêmica porque, no início das investigações pelo Congresso, funcionários do Departamento negaram a existência da operação. Holder forneceu apenas parte dos documentos solicitados pelo Congresso, sob o argumento de que maior transparência poderia comprometer outras operações. Antes do voto de desacato pelo Comitê, o presidente Barack Obama invocou privilégio executivo sobre os documentos. Sob a prerrogativa da separação de poderes, o Executivo pode recusar-se a divulgar documentos e outras intervenções do Legislativo ou Judiciário. Mesmo assim, a proposta do representante Darrell Issa (R-CA), presidente do Comitê, foi aprovada seguindo linhas partidárias, com 23 republicanos a favor e 17 democratas contra. O desacato se tornará um processo criminal somente se for aprovado pelo plenário da Câmara. A votação deve ocorrer na próxima semana. O líder da maioria na Câmara, John Boehner, declarou que a ação da Casa Branca levanta suspeita de encobrimento da operação.

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