OTAN conclui que operações militares dependem dos EUA

O encontro entre ministros da Defesa e de Assuntos Externos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), no dia 18, deve discutir a dependência da aliança em relação à capacidade militar dos EUA. O problema foi constatado por um estudo da própria organização finalizado em fevereiro, cujo conteúdo veio a público apenas na última semana. As conclusões do relatório foram tiradas da análise de operações contra as forças do ex-líder líbio, Muammar al-Gaddafi, no ano passado. Embora a liderança da missão tenha ficado a cargo da OTAN, o papel dos EUA foi fundamental no uso de armamentos de precisão, a exemplo do que já ocorrera na Guerra dos Bálcãs nos anos 90. Outro indicador da relevância dos EUA foi o apoio dado por seus aviões de reabastecimento ou reconhecimento. O documento também constatou uma divisão de funções estratégicas. Enquanto europeus e canadenses se ocuparam dos voos para proteção de civis, os EUA se encarregaram das investidas contra alvos militares. O questionamento sobre a capacidade de intervenção sem a liderança dos EUA põe em xeque uma eventual missão na Síria. Além de possuir melhor capacidade militar do que a Líbia, o governo sírio dispõe de um sistema de defesa aéreo russo que, na visão de oficiais do Pentágono, levaria semanas para ser destruído. Segundo um diplomata europeu, qualquer consideração sobre a Síria levará fortemente em conta a disponibilidade dos recursos dos EUA. Apesar de um ataque à Síria ser considerado como última alternativa, os esforços para solucionar pacificamente a crise síria vem se mostrando infrutíferos.

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