Presidente afegão quer adiantar transição de segurança

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, afirmou, no dia 15, que tropas dos EUA deveriam deixar áreas rurais do país a partir de 2013, restringindo-se a grandes bases da OTAN. Karzai também defendeu que a aliança encerre as operações de combate contra o Talibã um ano antes do previsto. As forças afegãs assumiriam a responsabilidade pela segurança. A declaração contradiz a promessa do presidente Barack Obama, feita horas antes durante encontro com o primeiro-ministro britânico David Cameron, de que a estratégia de saída não seria alterada pelos incidentes recentes envolvendo militares dos EUA no Afeganistão. A queima de exemplares do Corão por soldados dos EUA e o assassinato de 16 civis por um sargento, nos dois últimos meses, causou indignação no país. Embora a aceleração no ritmo da retirada seja discutida pela administração, uma transição abrupta das atribuições de segurança é vista como preocupante. O confinamento dos soldados às bases impediria as operações por forças especiais e o trabalho junto à população em pequenos vilarejos, ambos tidos como cruciais. Além disso, a medida prejudicaria o programa de treinamento das forças afegãs, consideradas despreparadas pelo Pentágono. Caracterizando outro possível retrocesso para a estratégia de saída do Afeganistão, o Talibã anunciou, horas após a declaração de Karzai, a suspensão das conversas de paz preliminares com os EUA. O grupo não atribui a decisão aos incidentes, mas acusa os EUA de mudar constantemente as pré-condições para implementar um acordo de troca de prisioneiros feito em 2011.

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