Redistritamento pode ser represália ao Tea Party

O representante Jim Jordan (R-OH), presidente do Comitê de Estudos Republicano da Câmara, pode ter suas chances de reeleição severamente reduzidas. Um dia após as lideranças do partido republicano criticarem-no por seus esforços de minar o projeto de redução de déficit de John Boehner (R-OH), porta-voz da Câmara, os aliados de Boehner em Ohio passaram a trabalhar para que o distrito que elegeu Jordan seja radicalmente alterado. Jordan tem contado com forte apoio do Tea Party na defesa de posições marcadamente conservadoras, como a redução de gastos do governo e impostos, oposição ao aborto, entre outras. Devido ao censo e redistritamento que ocorrem a cada dez anos, Ohio terá dois assentos a menos na disputa pelo Congresso de 2012. De acordo com analistas, Jordan não seria o principal atingido pelo plano distrital apresentado, visto que as vagas de seus colegas novatos, Bill Johnson e Jean Schmidt, seriam ainda mais fragilizadas. Já o também novato Steve Stivers, protegido de Boehner, passaria a concorrer em um distrito mais favorável. Em nota, Boehner disse que não busca retaliação e que gostaria de continuar servindo ao lado de Jordan, apesar das discordâncias entre os dois. A porta-voz de Jordan, Meghan Snyder, espera que a defesa de redução de gastos e equilíbrio orçamentários propostos por Jordan não sejam motivos para a eliminação do distrito de um membro do Congresso. A investida contra o assento de Jordan não agrada ao Tea Party e pode ser entendida como uma demonstração de represália do partido republicano à radicalização do conservadorismo.

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