Força Aérea cancela contrato com Embraer

A Força Aérea anunciou, no dia 28, o cancelamento do contrato de US$ 355 milhões firmado em dezembro de 2011 com a empresa brasileira Embraer e sua parceira nos EUA, a Sierra Nevada Corporation. Inconsistência na documentação foi o motivo alegado pelo responsável por aquisições da Força Aérea, David Van Buren, para suspender a transação. O contrato previa a aquisição de 20 aeronaves de ataque leve, que seriam usadas em missões de contrainsurgência e em treinamento de pilotos militares afegãos. Em função de seu baixo custo operacional e de manutenção, os aviões seriam doados para a recém reconstituída Força Aérea do Afeganistão. A aquisição era considerada por autoridades no Pentágono como um elemento importante na estratégia de saída das forças dos EUA do Afeganistão. O A-29 Super Tucano, da Embraer, havia sido escolhido após a exclusão do único concorrente, o AT-6, fabricado pela empresa Hawker Beechcraft Corporation. O Pentágono alegara que o AT-6 não atendia às exigências técnicas, mas seu fabricante contestou judicialmente a decisão sob alegação de falta de transparência no critério de escoha. A disputa vinha adquirindo contornos políticos, com opositores criticando o favorecimento de uma empresa estrangeira e a perda potencial de empregos nos EUA. A Hawker Beechcraft conta com o apoio de congressistas, como Tim Griffin (R-AR) e Mike Pompeo (R-KS), que defendem empregos nas unidades da empresa em seus distritos. Porém, Taco Gilbert, vice-presidente da Sierra Nevada, argumenta que os Super Tucanos seriam montados na Flórida. A Força Área não sabe se uma nova licitação será aberta.

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