Wikileaks: Documentos mostram visão árabe sobre o Irã

Os documentos publicados pelo WikiLeaks mostram uma percepção de líderes árabes sobre o Irã mais próxima da perspectiva israelense e dos EUA. Para alguns, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, seria uma espécie de “Hitler”; para outros, a grande preocupação estaria no risco de ascensão do país como potência nuclear. A visão negativa seria a razão pela qual os chefes de Estado na Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos têm pressionado os EUA extra-oficialmente por medidas mais rígidas contra o programa nuclear iraniano. Há quem peça por ação militar, enquanto outros temem que a ofensiva ocidental leve ao contra-ataque iraniano e à desestabilização política e militar da região. Por outro lado, com receio de que o Irã tome a iniciativa, alguns países vêm aumentando a capacidade de defesa e tornando-se mais dependentes da indústria bélica internacional. O maior exemplo são os sauditas, que aguardam apenas a aprovação do Congresso dos EUA para avançar na compra de cerca de US$ 60 bilhões em equipamentos militares. Ahmadinejad alega que os documentos teriam sido forjados pelos EUA a fim de criar um cenário de discórdia no mundo muçulmano, embora não acredite no sucesso dessa estratégia. Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley, as mensagens comprovam o isolamento do Irã, o que deverá contribuir para que o país adote uma postura mais engajada.

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