Panetta anuncia prazo para missão de combate no Afeganistão

O secretário de Defesa, Leon Panetta, anunciou que as operações de combate no Afeganistão serão encerradas em 2013. A declaração foi dada, no dia 2, no voo que o levou à reunião da OTAN em Bruxelas. O encerramento da missão não significa o fim da presença militar no Afeganistão, que deverá continuar até 2014 para treinamento das forças locais. Panetta afirmou que o plano adotado no Iraque serve como modelo para o Afeganistão. Em Bagdá, o fim da missão de combate e a transição para um papel de apoio foi completada 16 meses antes da retirada total das tropas. A estratégia da OTAN, aprovada em novembro de 2010, prevê transferência gradual de responsabilidades para o governo em Kabul até a retirada completa das tropas ocidentais no fim de 2014. Apesar disso, lideranças da OTAN discutirão na reunião a redução do tamanho das forças afegãs. Estima-se que o corte possa ser de 40.000 soldados entre um contingente atual de 350.000. O custo de US$ 6 bilhões anuais para manutenção das forças afegãs recai inteiramente sobre os países da aliança, que se mostram indispostos a manter a contribuição. A França, por exemplo, já anunciou que deixará o Afeganistão em 2013. A participação no conflito vem se tornando cada vez mais impopular nos países europeus em função do alto custo em vidas e dinheiro, questão agravada pelo aperto fiscal na Europa. Nos EUA, o cenário não é diferente. O encerramento do papel militar no conflito atenderia à vontade da maior parte da população e à necessidade de se reduzir gastos, além de contar pontos para a campanha à reeleição do presidente Barack Obama em 2012.

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