EUA e Rússia aprovam acordo na ONU para Síria

O Conselho de Segurança da ONU aprovou, no dia 17, resolução apoiando uma transição política para por fim à guerra civil na Síria. A aprovação por unanimidade só foi possível pelo acordo entre EUA e Rússia, após quatro anos de divergências sobre o tema. EUA e Rússia já haviam chegado a acordo sobre a Resolução 2235, no dia 7, que autoriza investigação sobre a autoria de ataques químicos na Síria. O texto sobre a transição defende a formação de um governo provisório, com plenos poderes executivos, que daria a base para a construção da democracia no país. Segundo Julien Barnes-Dacey, do European Council on Foreign Relations, a nova postura de EUA e Rússia se deve a dúvidas sobre a capacidade do presidente sírio Bashar al-Assad em se manter no poder. Os EUA defendem há meses que a saída de al-Assad seria condição para qualquer transição. Essa exigência é criticada pela Rússia e pelo Irã, principais aliados do governo sírio. Para garantir sua aprovação, o pronunciamento do Conselho não menciona o futuro de al-Assad. Emile Hokayem, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, em Londres, duvida que as condições estejam prontas para a negociação da transição no país. No mesmo dia, o governo sírio realizou ataques aéreos em um mercado em Douma, subúrbio de Damasco. Staffan de Mistura, enviado especial da ONU à Síria e quem deveria coordenar o processo de transição, foi acusado pelo governo de al-Assad de favorecer os rebeldes após fazer duras críticas ao ataque aéreo. Entendido por analistas como uma demonstração de força do governo, a ação resultou em aproximadamente 100 mortos.

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