Diálogo EUA-Talibã preocupa Karzai

Abdul Karim Khurram, chefe de gabinete do presidente afegão Hamid Karzai, revelou as preocupações do líder quanto às negociações entre EUA e Talibã. Segundo declaração de Khurram, no dia 19, o governo afegão não vem sendo informado sobre detalhes do processo e teme um acordo secreto à revelia de seus interesses. No início de janeiro, o Talibã concordou com a proposta dos EUA para abrir um escritório de representação no Qatar a fim de melhorar as relações da organização com países árabes, que apoiam o governo afegão. No dia 11, a secretária de Estado, Hillary Clinton, confirmou que a abertura do escritório foi condicionada à soltura de talibãs detidos na prisão de Guantánamo. A liberação dos presos, no entanto, não foi confirmada e Clinton também ressaltou que qualquer pacto com o Talibã depende da anuência de Karzai. O anúncio sobre o escritório não teria agradado o presidente afegão. Embora Karzai tenha assentido à ideia posteriormente, por entender que a iniciativa traga algum progresso à situação do Afeganistão, sua resistência inicial foi grande. O líder teme que a abertura da representação leve as negociações para fora de Kabul e de seu próprio controle. O Talibã rejeita negociar com o governo afegão, acusando-o de ser um regime fantoche. Segundo a Stratfor, consultoria de política internacional, o grupo defende uma nova Constituição e não aceita a distribuição de poder criada por Karzai ao longo da última década. Tanto o governo oficial quanto o Talibã são fundamentais para o encerramento do conflito até 2014, conforme estabelecido pelo presidente Barack Obama.
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