Caos no Iêmen facilita guerra ao terror

O diretor da CIA e futuro secretário de Defesa, Leon Panetta, afirmou, no dia 9, que a campanha contra terroristas no Iêmen vêm sendo mantida apesar de o país estar à beira de uma guerra civil. A ação é conduzida pela CIA e pelo Comando de Operações Especiais Conjuntas do Pentágono (JSOC) – responsável pela morte de Osama bin Laden – em cooperação com autoridades iemenitas em partes do país. A situação se tornou mais caótica na província de Abyan, onde grupos extremistas aproveitam a crise para avançar na região. Por outro lado, o cenário também favorece os EUA. O combate ao terrorismo no Iêmen tornara-se central na política externa dos EUA nos últimos anos, mas a inconstância na cooperação por parte do presidente Ali Saleh teria sido um dos motivos para a interrupção das atividades em 2010. Com a crise política, os EUA retomaram os ataques com maior liberdade. Em breve, a CIA deverá usar aviões de ataque não-tripulados contra posições de grupos terroristas, entre eles a Al Qaeda. Bons resultados nas recentes operações foram possíveis graças às informações obtidas pela agência e pelo serviço de inteligência saudita, embora oficiais admitam o risco de que grupos armados forneçam informações falsas para induzir os EUA a atacar seus rivais. A infiltração da Al Qaeda entre manifestantes políticos e grupos de oposição ao governo também dificulta a sua perseguição, já que obriga os EUA a interferir no conflito doméstico. Para acelerar uma transição no poder, o embaixador dos EUA no Iêmen, Gerald Feierstein, promoveu o primeiro encontro entre representantes da oposição e o vice-presidente, Abed al-Hadi, no último dia 13.

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