CIA deixa base aérea no Paquistão

Militares paquistaneses afirmam que a CIA teria retirado pessoal e equipamentos do aeroporto de Shamsi, no sudoeste do Paquistão, no último dia 11. O aeroporto era usado como base na campanha de aviões não tripulados contra militantes da Al Qaeda e do Talibã nas áreas tribais do Paquistão. Após o ataque da OTAN, que deixou ao menos 24 militares paquistaneses mortos no dia 26 de novembro, o Paquistão ordenara que a agência se retirasse da base no prazo máximo de 15 dias. A Casa Branca e o Pentágono recusaram-se a comentar publicamente a retirada de Shamsi devido ao caráter sigiloso da campanha. O Paquistão já havia ameaçado ordenar que a CIA saísse da base em maio, pouco após a operação que matou Osama Bin Laden. Desde então, a CIA diminuiu o ritmo das atividades na base. Todavia, a retirada não deve afetar a campanha de aviões não tripulados, que continuarão a agir contra  alvos no país partindo exclusivamente do Afeganistão. O fechamento da fronteira Afeganistão-Paquistão para comboios da OTAN, outra retaliação ao ataque de 26 de novembro, revela-se mais preocupante. Cerca de metade dos suprimentos destinados à missão da aliança no Afeganistão passa pelo país vizinho. Caso o bloqueio se prolongue a ponto de faltar combustível, as operações da OTAN serão seriamente prejudicadas. Em entrevista no dia 11, o primeiro-ministro paquistanês, Yusuf Raza Gilani, disse que o bloqueio pode continuar por semanas. Segundo Gilani, o Paquistão deve elaborar novas regras para a condução da relação com os EUA, que no momento tem sido marcada pela desconfiança mútua.
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