Ataque da OTAN à base militar agrava relação EUA-Paquistão

Mais de 20 soldados paquistaneses foram mortos e outros 14 ficaram feridos em ataque aéreo da OTAN a um posto do Exército do Paquistão, no dia 26, na fronteira com o Afeganistão. Embora as circunstâncias não estejam claras, a OTAN investiga se a ação teria sido uma represália a um suposto ataque originado no Paquistão contra soldados afegãos e da aliança no Afeganistão. O general Athar Abbas, porta-voz do Exército Paquistanês, classificou a investida como uma agressão não provocada. No dia anterior, o comandante das forças da OTAN no Afeganistão, general John Allen, e o líder do Exército paquistanês, general Ashfaq Parvez Kayani, haviam discutido a coordenação de ações para controlar a fronteira. O evento acirrou as tensões entre EUA e Paquistão, deteriorada desde a operação que matou Osama Bin Laden em maio. Em conversa com a secretária de Estado Hillary Clinton, a ministra do Exterior paquistanesa, Hina Rabbani Khar, afirmou que seu governo iria rever as relações diplomáticas, militares e de inteligência com os EUA. Poucas horas depois do ataque, o Paquistão fechou as fronteiras com o Afeganistão, impedindo a passagem de caminhões com suprimentos às tropas da OTAN. O país também exigiu que a CIA deixasse a base paquistanesa de Shamsi, utilizada para coordenar ataques de aviões não tripulados, no prazo de 15 dias. Islamabad também cogita não participar de uma importante reunião sobre o conflito do Afeganistão em Bonn, Alemanha, no próximo dia 05. A Casa Branca lamentou as mortes, apesar de não ter oficializado um pedido de desculpas.

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