EUA condenam repressão no Egito

Os EUA recriminaram publicamente, no dia 22, o Exército do Egito pelas mortes recentes no Cairo. As críticas partiram do Departamento de Estado, da embaixada no país e de diplomatas no Oriente Médio. Milhares de manifestantes egípcios se reuniram na Praça Tahrir, exigindo que o conselho militar passe o poder imediatamente para um governo civil provisório. A resposta do Exército foi agressiva, com confrontos que levaram à morte de dezenas de manifestantes desde a semana passada. A decisão da administração pode ser uma resposta ao Congresso, que vinha pressionando o governo a condenar a repressão. Dias depois da crítica pelo Departamento de Estado, a Casa Branca anunciou que os EUA continuariam a apoiar a população egípcia em nome da democracia. A administração também ressaltou a importância de que as eleições parlamentares ocorram nesta semana, conforme previsto no processo de transição. Segundo especialistas, os EUA temem que os protestos e a resposta violenta do Exército prejudiquem as eleições e prolonguem o governo militar interino. No entanto, a preservação da relação com o governo egípcio seria um fator da demora da administração em criticar as autoridades. Outra razão seria a indefinição do cenário político pré-eleição, com os EUA preferindo manter uma atitude neutra. O governo também resiste aos pedidos do Congresso para suspender o auxílio financeiro à força militar do Egito, de cerca de US$ 1 bilhão por ano. David Schenker, ex-conselheiro do Pentágono, considera errada a decisão de criticar o Exército, já que o Egito é um aliado importante na região.

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