Iraque impõe condições para permanência das tropas

Líderes iraquianos anunciaram, no dia 4, que concordam com a manutenção de algumas tropas dos EUA depois do fim do ano. Em 31 de dezembro, termina o prazo inicalmente acordado entre os dois governos para a retirada total dos 43.500 soldados remanescentes. O objetivo de estender a missão é treinar as forças iraquianas, mas os EUA também esperam proteger o espaço aéreo e as fronteiras do Iraque. O porta-voz do governo, Ali al-Dabbagh, não mencionou o número de soldados que devem permanecer. No entanto, a permanência esbarra na questão da imunidade legal aos soldados. O Iraque recusa-se a prorrogar a imunidade atual, proteção considerada essencial pelos EUA. A concessão da imunidade remete a episódios traumáticos para os iraquianos, como casos de impunidade em crimes cometidos por soldados, abusos na prisão de Abu Ghraib e mortes de civis pela empresa Blackwater. Atualmente, funcionários de empresas de segurança privada estão submetidos à lei iraquiana, mas o governo dos EUA se esforça para retirar do país os terceirizados acusados de crimes. A permanência das tropas não é consenso entre os iraquianos. Um grupo radical ligado ao influente clérigo Moqtada al-Sadr rejeita terminantemente a possibilidade. No dia 9 de setembro, Sadr pediu a seus seguidores que não atacassem forças dos EUA até o final do ano, de modo a não incentivá-las a ficar. Contudo, al-Sadr afirmou que militantes xiitas retomariam os ataques caso a retirada não se completasse.
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