Forças Armadas acabam com "don't ask, don't tell"

O chamado “don’t ask, don’t tell’ (DADT), a proibição ao ingresso ou permanência nas Forças Armadas de pessoas declaradamente homossexuais, chegou ao fim no dia 20. Tal política estava em vigor desde a aprovação pelo Congresso do código de conduta militar de 1993. Durante a campanha de 2008, o presidente Obama fez do fim dessa prática uma de suas bandeiras, passando a discutir a questão com os militares depois de eleito. Após a aprovação do Congresso no final de 2010, Obama sancionou a lei que repeliria o DADT. A medida só entraria em vigor 60 dias após o Pentágono certificar que a implementação não causaria impactos operacionais nas Forças Armadas, o que ocorreu em 21 de julho. A política chegou ao fim após 18 anos, com mais de 14.000 militares expulsos nesse período. Agora, os militares excluídos que ainda desejem servir poderão ser readmitidos mediante teste de qualificação, assim como os candidatos que não foram admitidos em função de sua orientação sexual. O Departamento de Defesa afirmou que não tolerará discriminação sexual, da mesma forma como não admite discriminações de gênero, raça ou religião. Congressistas conservadores foram contrários ao fim do DADT quando de sua votação em 2010, sob argumentos de que a mudança afetaria o desempenho das tropas e de que as Forças Armadas não deveriam ser utilizadas como ferramenta para moldar atitudes sociais sob risco de prejudicar sua capacidade e efetividade. Apesar disso, poucas foram as manifestações de políticos contrários ao fim do DADT nesta semana, provavelmente por receio do possível impacto eleitoral negativo em 2012.

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