Turquia aceita abrigar radares militares dos EUA

A Turquia concordou, no dia 13, em abrigar radares dos EUA como parte de um sistema de defesa da OTAN. O acordo reforça as relações militares entre EUA e Turquia, esfriadas desde 2003, quando Ankara negou passagem terrestre a tropas dos EUA em direção ao Iraque. O objetivo dos EUA é construir um sistema de interceptação para proteger países aliados de mísseis balísticos do Irã. Segundo os EUA, o Irã possui mísseis de curto e médio alcance que podem atingir o sudeste europeu, e planeja desenvolver mísseis de longo alcance até 2015. A anuência turca sinaliza distanciamento em relação ao Irã, apesar de o governo turco ter atuado como mediador na questão nuclear iraniana nos últimos tempos. Inicialmente, o governo turco se opusera aos radares, cujas informações captadas seriam compartilhadas com Israel e outros aliados. O motivo era o atrito com Israel pelo ataque israelense à flotilha humanitária para Gaza em maio de 2010, episódio que deixou um saldo de nove pacifistas turcos mortos. Desde então, a Turquia reduziu as relações diplomáticas e militares com Israel ao mínimo, o que tem preocupado os EUA. Washington não aceitou restringir o compartilhamento de informações, mas garantiu à Turquia influência sobre o sistema de mísseis da OTAN e participação mais relevante do país na organização. Membros da administração Obama afirmaram intenção de criar uma rede integrada de defesa em países aliados. O sistema de interceptação deve ser concluído até 2018, com os radares na Turquia sendo integrados a sistemas antimísseis em frotas no mar Mediterrâneo.

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