Dificuldades na Câmara para "defesa do casamento"

A decisão da Casa Branca, em fevereiro, de não defender o Ato de Defesa do Casamento (DOMA, na sigla em inglês) nas cortes do país tem gerado problemas no Congresso. A lei de 1996 define o casamento como uma união entre um homem e uma mulher e vem sendo contestada judicialmente por grupos de direitos gays. Ao considerar a lei inconstitucional e instruir o Departamento de Justiça a não mais defendê-la, o presidente Obama transferiu essa possibilidade ao Congresso, e principalmente ao porta-voz da Câmara John Boehner (R-OH). Desde então, Boehner vem tentando aplacar sua base conservadora. Em 18 de abril, ele consultou a líder da minoria Nancy Pelosi (D-CA) sobre uma redução do orçamento do Departamento de Justiça para cobrir as despesas jurídicas da Câmara, já que o primeiro não mais teria custos com a defesa da lei. No mesmo dia, Boehner anunciou a contratação do escritório de advocacia King & Spalding com honorários de US$ 500 milhões. Pelosi e vários democratas criticaram a medida por ter sido tomada sem consultar à casa e pelo fato do ex-procurador geral da administração Bush, Paul Clement, ser um dos sócios da firma. No dia 25, a própria King & Spalding acabou por retirar-se dos casos, alegando que o contrato fora assinado de maneira imprópria, embora a razão provável seja o temor da repercussão junto à opinião pública e grupos de defesa de direitos gays. Contrariado, Clement desligou-se da firma. Resta aos republicanos na Câmara decidirem quais serão os próximos passos para a defesa da lei, cada vez mais marginalizada.

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