Autoridades divergem sobre retirada do Iraque

O secretário de Defesa, Leon Panetta, planeja manter 3 a 4 mil soldados no Iraque depois do fim do ano, prazo estabelecido por Obama para a retirada total. A informação foi divulgada pela Fox News, no dia 6, mas o secretário afirmou que a questão ainda não está decidida. A declaração seria contraditória com análise do comandante das forças dos EUA no Iraque, general Lloyd Austin III. Em relatórios recentemente apresentados no Pentágono, o general defendeu um efetivo maior, de 14 a 18 mil soldados. Essa opinião é compartilhada pelos senadores Lindsey Graham (R-SC), John McCain (R-AZ) e Joe Lieberman (I-CT), que acreditam ser necessário manter um contingente expressivo para garantir as “duras conquistas” obtidas na guerra. Muitas autoridades em Washington temem que a saída dos EUA permita o aumento da influência iraniana. A retirada das tropas seria um ponto de tensão entre a Casa Branca, que se comprometeu com o fim do envolvimento dos EUA, e muitos oficiais do Pentágono, que não consideram as forças iraquianas capazes de assumir a segurança do país. Segundo Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado, a manutenção de qualquer quantidade de soldados continua condicionada a um pedido oficial do governo iraquiano. O primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki teria indicado aceitar a manutenção de um contingente reduzido, de até 10.000 soldados, mesmo desagradando a opinião pública contrária à presença dos EUA. Ainda que Bagdá não peça pela manutenção das tropas, os EUA continuarão no país por meio de funcionários da CIA, do Departamento de Estado, e de empresas de segurança privada contratadas para proteger os diplomatas.
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