Ato Patriota estendido por mais quatro anos

O Congresso dos EUA aprovou, em 26 de maio, a extensão por quatro anos do Ato Patriota, conjunto de medidas de contraterrorismo estabelecido logo após os atentados de 11 de setembro. O presidente sancionou a lei por meio de assinatura digital no mesmo dia, uma vez que Obama encontrava-se na Europa e provisões da lei expiravam à meia-noite. A votação obteve o resultado de 72 votos a 23 no Senado, e 250 a 153 na Câmara. O medo de atentados terroristas em represália à morte de Osama bin Laden pesou na decisão dos congressistas. Dentre os que se opuseram no Senado, havia 18 democratas, 4 republicanos e 1 independente. A oposição alinhou senadores de posições ideológicas distintas, como o conservador Rand Paul (R-KY) e o liberal Al Franken (D-MN). Embora a aprovação já fosse esperada, houve demora no Senado por falta de consenso em torno de algumas emendas. Democratas críticos ao ato consideram-no um instrumento de poder abusivo nas mãos do Executivo. Para o senador Mark Udall (D-CO), a população ficaria alarmada se soubesse como a lei vem sendo aplicada pelo governo. O senador é especialmente crítico da seção 215 da legislação, que obriga empresas a entregar dados sigilosos de clientes ao FBI, mesmo que as pessoas não possuam ligação evidente com terrorismo. O Ato Patriota também autoriza escutas clandestinas por parte dos agentes de inteligência. Dean Boyd, porta-voz do Departamento de Justiça, defendeu o ato argumentando que a aplicação da lei é sempre submetida à supervisão de comitês do Congresso e da Corte de Vigilância sobre Inteligência Externa (FISA, em inglês).

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