Hillary Clinton vai à China em meio a tensões regionais

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, esteve na China em 30 de outubro, após participar de um encontro no mesmo dia com líderes do Sudeste Asiático no Vietnã. A visita não estava prevista inicialmente, mas tornou-se necessária em decorrência da escalada de tensão após acidente entre um barco pesqueiro chinês e patrulhas marítimas japonesas em um pequeno arquipélago ao norte de Taiwan disputado por ambos os países. A China retaliou a prisão do capitão suspendendo as exportações de minerais raros para o Japão, que depende totalmente da produção chinesa. No encontro com Clinton, oficiais chineses se comprometeram a cumprir os contratos de exportação dos minérios e os EUA propuseram conversas trilaterais para resolver a questão do arquipélago, embora tenham se posicionado anteriormente a favor do Japão. As ilhas, perdidas pela China em conflito sino-japonês no século XIX, foram ocupadas pelos EUA após a Segunda Guerra e devolvidas anos depois ao Japão. Outras questões vêm contribuindo para complicar a relação China-EUA, como o apoio do primeiro à Coreia do Norte e ao Irã, a desvalorização do yuan e a reivindicação chinesa de soberania sobre a totalidade do Mar do Sul da China. O último ponto desperta grande preocupação nos países próximos, tendo sido tema do encontro regional em Hanói, quando Clinton reafirmou o interesse dos EUA na estabilidade da região, e se posicionou a favor da liberdade de navegação e do comércio. Dois dias depois da visita, 1.800 fuzileiros navais chineses fizeram exercícios no Mar do Sul da China como parte do projeto de expansão militar do país.

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