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EUA publica nova Estratégia Nacional para o Ártico

Estratégia para o Ártico de 2022 atualiza versão de 2013 (Crédito: Notandi/Arctic Portal)

Por Yasmin Reis*

U.S. National Strategy for the Arctic Region

Estratégia Nacional de 2013

Em outubro de 2022, o governo Biden-Harris lançou uma nova Estratégia Nacional para a Região do Ártico. Esse documento atualiza a versão publicada em 2013, em que a crise climática ganhou maior destaque na agenda, direcionando novos investimentos para um “desenvolvimento sustentável” para a subsistência do Ártico e, ao mesmo tempo, “protegendo o meio ambiente”.

A região do Ártico compreende uma população de quatro milhões de pessoas, recursos naturais extensos e ecossistemas únicos. Apesar das riquezas naturais, a região tem passado por profundas transformações impulsionadas pelas mudanças climáticas. Além disso, a localidade se destaca como um futuro importante ponto geopolítico, visto que há um aumento da disputa estratégica por parte de Estados Unidos, Rússia e China.

Na edição atual dessa Estratégia Nacional, os Estados Unidos afirmam ter como objetivo “estabelecer uma região pacífica, próspera, estável e cooperativa”, prevendo “a construção de uma agenda” nos próximos dez anos. Para isso, elenca quatro pilares fundamentais desse processo: segurança, mudanças climáticas e proteção ambiental, desenvolvimento econômico sustentável e cooperação e governança internacional.

O texto também destaca que a sustentação dos pilares estabelecidos no enfrentamento dos desafios e das oportunidades emergentes no Ártico será dará por meio de: consulta, cogestão com tribos e comunidades nativas, aprofundamento das relações com aliados e parceiros, plano para investimentos de longo prazo e, por fim, cultivo de coalizões intersetoriais e de ideias inovadoras.

Em síntese, a Estratégia Nacional orientará a abordagem do governo do democrata Joe Biden, de modo a avançar os interesses estadunidenses na região. Por fim, evidencia-se que não há uma linha clara entre as políticas doméstica e externa, o que exigirá dos Estados Unidos um papel de liderança interna e externamente para alcançar seus objetivos.

 

Yasmin Reis é pesquisadora voluntária do Opeu, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa da Escola Superior de Guerra (PPGSID/ESG), bolsista CAPES e assistente de pesquisa voluntária no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC/EGN). Contato: reisabril@gmail.com.

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