Pfizer e Allergan cancelam fusão por mudanças na legislação

A gigante farmacêutica Pfizer anunciou, no dia 6, o fim de seu processo de fusão com a Allergan, avaliado em US$ 160 milhões. O motivo do cancelamento foram as novas regras introduzidas pelo Departamento do Tesouro que limitam benefícios tarifários. A mudança põe limites à chamada inversão: transferência de endereço de empresas dos EUA para outros países, com o objetivo de diminuir impostos pagos. As inversões vêm ganhando popularidade, principalmente no ramo farmacêutico e chegaram a ser praticadas por cerca de 40 empresas nos últimos cinco anos. A fusão entre Pfizer e Allergan, anunciada em novembro, seria caracterizada pela transferência da nacionalidade tarifária da Pfizer para a Irlanda, sede da Allergan, com o objetivo de burlar impostos nos EUA. Apesar de a fusão não ser exatamente uma inversão, pois a Allergan seria a compradora da Pfizer, o objetivo seria o mesmo. Ao analisarem as novas regulamentações, que foram anunciadas no dia 4, as duas empresas chegaram à conclusão de que a fusão seria classificada como “alteração da legislação tributária adversa”. Portanto, dar continuidade à transação poderia ser prejudicial às companhias. A decisão também foi influenciada pelo fato de as ações da Allergan terem caído desde o anúncio da mudança nas regulamentações. Além do mais, a Allergan está envolvida em outros esquemas de inversão e fusões nos últimos anos. Com o término das negociações, a Pfizer terá de pagar US$ 150 milhões de reembolso para a Allergan por custos de transação, e pelo direito sobre botox e outras drogas. Analistas veem o fim da fusão como uma vitória da administração Obama quanto à prevenção de ações para burlar o pagamento de impostos.

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