Congresso recebe plano para fechamento de Guantánamo

Faltando menos de um ano para o fim do governo Obama, o Departamento de Defesa apresentou ao Congresso um plano para fechar a prisão de Guantánamo. A proposta, entregue no dia 23, espera corrigir uma quebra de promessa da administração. Guantánamo é uma prisão militar localizada na base naval dos EUA em Cuba. Desde 2002, cerca de 800 estrangeiros suspeitos de envolvimento com terrorismo foram presos nas instalações. Sem direito a acusação formal e julgamento, os detentos vivem um limbo jurídico. A prática de tortura física e psicológica completa o quadro de violação grave de direitos humanos. Quando assumiu a presidência em 2008, Obama anunciou o compromisso de fechar a prisão em até um ano. A ideia, no entanto, nunca conseguiu apoio no Legislativo. O plano atual não difere muito de alternativas anteriores. Dos atuais 91 prisioneiros, entre 30 e 60 prisioneiros seriam transferidos aos EUA para julgamento. Embora sem especificar, o Pentágono alega haver 13 prisões no país preparadas para a realocação. Os demais detentos seriam enviados para outros países sob a custódia de governos estrangeiros. A estimativa é que todo o processo custe até US$ 485 milhões, contra os atuais US$ 85 milhões anuais para manter a prisão em funcionamento. O Partido Republicano discorda do presidente e prefere manter os prisioneiros longe do território nacional. Alheios aos apelos dos defensores de direitos humanos, republicanos insistem que a transferência seria um risco para a segurança nacional. Esse posicionamento deverá ser mantido em ano eleitoral, quando a oposição aumenta a retórica contra o que considera fraqueza do governo em política externa.

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