EUA convidam Irã para negociações sobre conflito na Síria

Os EUA anunciaram, no dia 27, um convite ao Irã para juntar-se às negociações pelo fim do conflito na Síria. A participação iraniana nas conversas de paz havia sido barrada, até então, por oposição dos próprios EUA e seus aliados árabes. A justificativa era o apoio da república islâmica ao presidente sírio, Bashar al-Assad. Para os EUA e aliados, a saída de al-Assad através de uma transição política é condição fundamental para que se possa encerrar o conflito. A Rússia, que desde o começo de outubro tem realizado ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico na Síria, também apoia a permanência de al-Assad. Os EUA dizem que a atuação russa visa defender o regime de al-Assad e acusam Moscou de atacar grupos que se opõem ao presidente sírio. A mudança de posição dos EUA em relação ao envolvimento iraniano no processo de paz, segundo analistas, reflete a conjunção de forças de Rússia e Irã, que contribui para o aumento da influência iraniana no processo. Recentemente, iranianos e russos passaram a lançar operações militares conjuntas na Síria. De acordo com o secretário de Estado adjunto, Antony Blinken, é difícil imaginar uma solução para a crise síria sem o Irã. No entanto, analistas apontam que a participação do Irã pode levar alguns grupos a boicotar a reunião. John Kirby, porta-voz do Departamento, ressaltou a importância dos grupos de oposição moderados, porém, apontou a necessidade de que eles se reúnam em torno de um posicionamento unificado. O Irã confirmou, no dia 28, que se juntará às conversas de paz que serão realizadas em Viena, a partir do dia 30.

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