Energia e Meio Ambiente

Venda de petróleo estratégico cobrirá rombo no orçamento

O recente acordo orçamentário entre a Casa Branca e o Congresso incluiu a venda das reservas estratégicas de petróleo dos EUA como uma de suas fontes de receita. Entre outros condicionantes, a permissão para o aumento de gastos em US$ 80 bilhões nos próximos dois anos foi atrelada à comercialização de 58 milhões de barris de petróleo entre 2018 e 2025. O volume corresponde a cerca de 8% do total atual de 695 milhões de barris armazenados. A venda parcial da reserva é estimada em US$ 5 bilhões, embora seja sempre sujeita à variação no preço do petróleo. Volumes adicionais poderão ser eventualmente vendidos ao valor estimado de US$ 2 bilhões, que será revertido para melhorias na infraestrutura física de armazenamento das reservas. Criadas em 1975, após o primeiro choque do petróleo, as reservas estratégicas nunca foram utilizadas com objetivo de preencher os cofres federais. Sua função era exclusivamente proteger o país de eventuais interrupções no fornecimento, como voltaria a acontecer com a Revolução Iraniana de 1979. Em 2011, um ano antes de sua reeleição, o presidente Barack Obama rompeu a regra ao vender parte das reservas para conter a alta do petróleo global e o preço doméstico da gasolina. A decisão teve motivações eleitorais, uma vez que historicamente os eleitores nos EUA tendem a punir nas urnas o partido mandatário em caso de inflação dos combustíveis. A conjuntura atual é de abundância de recursos dentro e fora dos EUA, com o barril de petróleo a menos de US$ 50 por barril.

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