Pentágono envia missão de treinamento para Ucrânia

Paraquedistas dos EUA iniciaram, no dia 20, uma missão de treinamento militar na fronteira da Ucrânia com a Polônia. O programa deve durar até novembro e custará em torno de US$ 19 milhões. O batalhão com quase 300 militares que serviam na Itália vai treinar a Guarda Nacional Ucraniana. Criada em março de 2014, logo após a derrubada do presidente Viktor Yanukovych, a Guarda reúne reservistas e membros de milícias regionais. A Rússia considerou o gesto provocativo e com graves consequências. Segundo o porta-voz do ministério das Relações Exteriores russo, Alexander Lukashevich, a presença de tropas dos EUA em solo ucraniano é uma ameaça à segurança russa. Outro problema é o risco de gerar mais instabilidade na Ucrânia ao capacitar extremistas de direita não totalmente leais ao governo em Kiev. Muitos desses radicais se organizaram sob a liderança de Ihor Kolomoyskyi, um oligarca que defende confrontar a Rússia para derrotar os separatistas. Desde que o conflito no leste começou, Kolomoyskyi investiu fortemente em capacitar milícias locais para compensar o despreparo das tropas oficiais. Para alguns analistas, a decisão dos EUA em realizar a missão de treinamento tem como objetivo principal fortalecer a autoridade do presidente Petro Poroshenko frente a oligarcas regionais. Kolomoyskyi, por exemplo, foi destituído como governador da província de Dnipropetrovsk em fevereiro. O Departamento de Defesa dos EUA declarou que o treinamento pretende desenvolver forças profissionais para defender a Ucrânia e sua soberania.

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