Lei de liberdade religiosa causa protestos em Indiana

Uma lei estadual sobre liberdade religiosa, sancionada pelo governador republicano de Indiana, Mike Pence, no dia 26, tem gerado grande repercussão nos EUA. A legislação permite que o comércio e empresas do estado recusem serviços caso esses representem um “fardo substantivo” a suas convicções religiosas. Democratas e ativistas denunciaram a legislação como discriminatória. A lei permite, por exemplo, que prestadores de serviços recusem um cliente em função de sua opção sexual. No dia 28, aproximadamente 3.000 pessoas compareceram à Assembleia estadual para protestar contra a lei. O caso ganhou repercussão nacional: o CEO da Apple, Tim Cook, declarou publicamente seu desapontamento e pediu que outros estados rejeitem medidas similares. Outras grandes empresas de tecnologia, como a Salesforce, também se pronunciaram contra a medida. Cidades como São Francisco e Seattle, e o estado de Connecticut anunciaram que proibirão viagens financiadas por seus governos para quaisquer estados que adotem leis similares. Atualmente, o Alasca considera aprovar legislação parecida. Frente à repercussão, legisladores republicanos em Indiana declararam que a lei está sendo mal interpretada e que ela traz uma “mensagem de inclusão”. Alguns congressistas consideram mudar a redação da lei para torná-la mais clara, mas não souberam dizer exatamente quais seriam as mudanças. O governador e outros políticos do partido também se recusaram a promover uma lei de proteção a direitos de LGBTs no estado. Pence defendeu sua legislação, ressaltando que ela está amparada no Ato de Restauração de Liberdade Religiosa, sancionado pelo presidente Bill Clinton em 1993.

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