Senadores desafiam autonomia de Obama em acordo com Irã

O Senado recebeu uma proposta de lei bipartidária que obriga o presidente Barack Obama a pedir aprovação do Congresso para um eventual acordo sobre o programa nuclear iraniano. Introduzido no dia 27, o Iran Nuclear Agreement Review Act de 2015 estabelece que o presidente tem cinco dias após encerrar a negociação para encaminhar o documento ao Legislativo. Nenhuma sanção ao Irã poderia ser suspensa nos 60 dias seguintes, prazo que os congressistas teriam para debater os termos do acerto. A proposta deve-se à aproximação de 27 de março, data estabelecida para o fim das conversas entre o Irã e o P5+1. Para o presidente do Comitê de Relações Externas, Bob Corker (R-TN), a questão do programa iraniano é uma mais sérias na política externa dos EUA e por isso não pode ficar apenas nas mãos de Obama. A proposta deverá ser vetada pelo presidente caso aprovada, mas o senador Lindsay Graham (R-SC) acredita haver os 67 votos necessários para derrubar o veto. O projeto de lei também serviu para apoiar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na véspera do discurso do israelense em Washington contra as negociações. Israel defende o fim do programa nuclear do Irã, mesmo que seja necessário aumentar as sanções ou usar força militar. A administração Obama quer que o Irã reduza sua capacidade de enriquecimento de urânio por pelo menos dez anos. A redução deve ser de tal ordem que impossibilite o país de construir armas nucleares em menos de doze meses. Segundo Obama, esse é o tempo necessário para que os EUA preparem uma reação militar adequada caso o Irã descumpra o acordo e retome níveis superiores de enriquecimento.

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