O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, participou do encontro de ministros de Finanças de países da zona do euro, realizado na Polônia em 16 de setembro. A presença do secretário foi interpretada como um sinal da preocupação dos EUA com a possibilidade de uma crise europeia levar à recessão global. A reunião ocorreu em um momento de alta tensão, dias após o mercado ser abalado pelo anúncio da saída de Juergen Stark do comitê executivo do Banco Central Europeu (BCE). Incertezas acerca do futuro econômico da Grécia e do próprio euro adicionam outros elementos de preocupação. Geithner alertou os ministros sobre os riscos de as divergências entre governos europeus e o BCE afetarem a resposta do continente à crise. O secretário não negou o papel dos EUA na crise e afirmou que o país fará todo o possível para ajudar a Europa. Geithner destacou ainda ser essencial que os europeus encontrem uma solução para seus desafios sem ter que recorrer a auxílio externo, como o FMI. O ministro das Finanças da Bélgica, Didier Reynders, demonstrou certo desconforto com a presença de uma autoridade econômica dos EUA no encontro europeu. Reynders afirmou ter interesse em ouvir como Geithmer está lidando com seus próprios problemas domésticos para controlar a dívida e o déficit. Já Jean Claude-Juncker, presidente do Eurogroup – organizador da conferência – definiu o encontro com Geithner como um diálogo, e não como uma reunião decisória. No dia 15, o Federal Reserve participou, juntamente com outros bancos centrais, de um grande empréstimo de dólares ao BCE.