EUA mantêm suspense sobre plano de arranjo militar com Irã

A Casa Branca segue sem confirmar ou negar o envio de uma carta do presidente Barack Obama ao aiatolá iraniano, Ali Khamenei, propondo cooperação militar contra o Estado Islâmico (EI). O porta-voz Josh Earnest, no dia 7, disse não estar em posição de comentar a correspondência privada entre o presidente e líderes mundiais. No entanto, afirmou que os EUA não têm intenção de colaborar militarmente ou compartilhar informações de inteligência com o Irã. A declaração foi o mais próximo de uma resposta à informação do The Wall Street Journal sobre o envio da carta em meados de outubro. Apesar da esquiva oficial, a mídia internacional vem divulgando que funcionários de ambos os governos confirmam o documento. Os dois países não têm relações diplomáticas, mas esboçaram uma aproximação após a eleição do atual presidente iraniano, Hassan Rouhani, em 2013. O Irã não integra a coalizão internacional de combate ao EI liderada pelos EUA, mas já estaria lutando separadamente contra o grupo. Especialistas acreditam que Obama possa ter oferecido como contrapartida à parceria militar uma barganha nas negociações do programa nuclear iraniano. Com os republicanos assumindo comitês importantes no Congresso em 2015, a tendência é que Obama tenha menos margem de ação para iniciativas relacionadas ao Irã. Um possível cenário é que volte a endurecer as sanções econômicas contra o país persa. Para Teerã e Washington, o período até o encerramento das discussões entre o P5+1 e o Irã, marcado para 24 de novembro, pode ser a última chance de se evitar um retrocesso na retomada de diálogo entre os dois países.

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