Militares passarão por quarentena após combater ebola

O secretário de Defesa Chuck Hagel anunciou, no dia 28, que militares em missão de prevenção ao ebola na África ficarão em uma espécie de quarentena antes de retornar aos EUA. O isolamento de 21 dias protegeria os militares e membros de suas comunidades. O Pentágono não chegou a usar o termo quarentena, referindo-se a monitoramento intensificado. Cerca de dez soldados já estariam sendo monitorados em uma base militar na Itália, sem qualquer contato externo. A decisão poderá ser revista em 45 dias, dependendo da evolução no controle da doença. Quase mil soldados já foram enviados a países africanos desde o mês passado e outros 3 mil deverão embarcar nas próximas semanas. O isolamento preventivo coloca a Casa Branca em situação difícil. A administração Obama tem evitado políticas alarmistas para não disseminar o medo no país e não desencorajar o voluntariado civil na África. Sem dar maiores detalhes, Obama disse que a medida se justifica no caso dos militares pela particularidade das operações em campo. Evitar o pânico é importante do ponto de vista social, mas também eleitoral. Com as eleições de meio de mandato no próximo dia 4, a percepção de ameaça à saúde pública pesaria negativamente sobre os democratas. Segundo pesquisas, 80% da população aprovam a quarentena para grupos de risco. Apesar da cautela em relação aos militares, Obama reagiu aos dados alertando para o perigo de se tomar decisões baseadas em medo. A fala pode ter sido uma mensagem ao governador de New Jersey, o republicano Chris Christie, que manteve em quarentena uma enfermeira com suspeita de ebola.

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