Pentágono planeja recrutar imigrantes irregulares

O Departamento de Defesa pretende atrair imigrantes em condição irregular para integrar as Forças Armadas. A ideia foi anunciada no final de setembro com o objetivo de aumentar o contingente militar do país. A incorporação de estrangeiros não é novidade nos EUA. O programa conhecido como MAVNI, por exemplo, estabelece que estrangeiros com residência, visto de estudos ou de turismo podem se inscrever no serviço militar caso possuam capacitação específica, como idiomas incomuns ou habilidades médicas. Após 2 anos, os recrutas podem requerer a cidadania. A decisão no mês passado estende o MAVNI a imigrantes irregulares que atendam às exigências da Deferred Action for Child Arrivals (DACA), ordem executiva de 2012. Entre outros critérios, a DACA confere permissão de trabalho a pessoas que tenham entrado nos EUA com menos de 16 anos e em companhia dos pais. Dificuldades burocráticas na incorporação dos imigrantes sem documentos, no entanto, levaram à suspensão da contratação de qualquer estrangeiro pelo Departamento. Pessoas protegidas pelo DACA têm baixo nível de capacitação e normalmente possuem parentes em situação irregular, uma condição vetada pelo MAVNI. Além disso, a maioria não passa pela rígida verificação de segurança. Militares criticaram o uso político de um instrumento de recrutamento pelo governo. Na opinião de reservistas de alto escalão, o presidente Barack Obama sacrifica a defesa nacional para facilitar políticas imigratórias que enfrentam oposição no Congresso.

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