O presidente do Comitê de Orçamento da Câmara, Paul Ryan (R-WI), divulgou sua proposta de orçamento para o ano fiscal 2015. Anunciado no dia 3, o plano corta gastos federais em US$ 5 trilhões ao longo da próxima década, com o intuito de equilibrar despesas e receitas até 2024. A proposta traz grandes reduções ao Medicaid, ao programa de auxílio alimentação, além da revogação total do Obamacare. Por outro lado, os gastos com defesa aumentam nos próximos anos. O projeto é claramente diferente da proposta de orçamento do presidente Barack Obama, apresentada em 4 de março, que aumenta os impostos sobre os ricos, expande créditos fiscais para a classe média e população de baixa renda. O plano de Ryan desencadeará uma nova rodada de disputas partidárias. Entre as grandes mudanças propostas, está a conversão do Medicare em um programa de subsídios a seguros saúde particulares. O projeto deve seguir os trâmites normais e ser aprovado pelo plenário da Câmara, de maioria republicana. No entanto, a proposta será derrotada pela maioria democrata no Senado. Democratas criticaram duramente o plano de Ryan, acusando-o de levar à paralisação da economia e ferir os interesses da classe média. Harry Reid (D-NV), líder da maioria no Senado, declarou que a proposta é um modelo de políticas republicanas que favorecem seus megadoadores, como os empresários David e Charles Koch. Ryan, por sua vez, defende que o Partido Republicano não deve ser apenas oposição, mas um partido de proposições. Analistas veem o representante entre os possíveis candidatos à presidência nas eleições de 2016.